A votação dos prémios JazzLogical 2021 fez-se este ano em duas fases, tendo a poll de críticos, jornalistas e divulgadores votado, em primeiro lugar, os portugueses.

Entretanto a votação internacional também está já concluída.

A votação do prémio para o Disco do Ano Internacional 2021 consagra o regresso ao Jazz da Blue Note, que já vimos observando nos últimos anos.
Com 45 anos de idade e uma carreira no Jazz de mais de 25, poderemos dizer que Johnathan Blake é já um veterano. O contrato com a Blue Note é disso confirmação e este disco - «Homeward Bound» - é a sua consagração. Dois outros músicos da sua geração, David Virelles e Dezron Douglas, e duas fulgurantes estrelas da Blue Note, Immanuel Wilkins e Joel Ross, completam o grupo que fez de «Homeward Bound» um disco perfeito. Em «Homeward Bound» o virtuosismo dos músicos serve um punhado de excelentes composições, sem excessos, sem novidades: apenas Jazz, o Jazz que lhe corre nas veias, o prazer do Jazz, por Johnathan Blakle.

Seguem-se-lhe um duo que reúne o velho guerreiro Archie Shepp e o irreverente e profícuo Jason Moran, num disco ostensivamente político «Let My People Go»;
E em terceiro um disco vertiginoso, igualmente notado pela crítica internacional: «Jesup Wagon» de James Brandon Lewis (músico que ganhou o prémio para o músico do ano - mas já lá vamos);
Em quarto está o disco de 2021 do último de uma geração de grandes saxofonistas, Charles Lloyd, «Tone Poems», e o nome diz tudo;
e finalmente o eterno candidato ao pódio: Vijay Iyer, num registo menos subtil do que nos habituou, mas infinitamente mais intenso: «Uneasy».

Na categoria dos Históricos, o primeiro lugar foi arrebatado pela reedição do disco de 1970, e acrescentado em 1996, das gravações para a Blue Note do trompetista Lee Morgan em Hermosa Beach: «The Complete Live at the Lighthouse», California de Julho de 1970. Em apenas um fim de semana o quinteto de Lee Morgan fez História, como o atesta esta nova edição, completa de mais de sete horas condensado em oito CDs, a partir das tapes originais. Lee Morgan, Bennie Maupin, Harold Mabern, Jymie Merritt e Mickey Roker; este último substituído num tema por Jack DeJohnette.

Numa lista de verdadeiramente históricos, em segundo lugar figura a Deluxe Edition do «Charles Mingus Mingus at Carnegie Hall» - Charles McPherson, John Handy, Hamiet Bluiet, Charles Mingus, Dannie Richmond, Don Pullen, George Adams, Rahsaan Roland Kirk e John Faddis, Atlantic, 1974; «concert plus jam session»;
seguida da gravação para a Impulse do concerto de John Coltrane - «A Love Supreme» em Seattle em 1965, com McCoy Tyner, Jimmy Garrison, Elvin Jones, Pharoah Sanders, Carlos Ward e Donald Garrett; numa sessão wilder, como referem as notas do disco.
Segue-se outro reincidente nesta categoria, o Debussi do Jazz, Bill Evans, numa reunião de suas sessões na Holanda de 1969. com Eddie Gomez e Marty Morell;
e finalmente o incontornável Art Blakey com os Messengers de 1961 - Blakey, Lee Morgan, Wayne Shorter, Bobby Timmons e Jymie Merritt -, numa gravação em Tokyo, agora recuperada pela Blue Note.

Nos prémios para o Músico do Ano, James Brandon Lewis obtém o lugar mais alto do pódio, e não por acaso. Bastariam os dois discos editados em 2021, o intenso «Jesup Wagon», premiado como um dos álbuns do ano, e o outro, Code of Being, mais contido, talvez, de formação mais clássica; que se complementam, pondo a nu a complexa personalidade musical de James Brandon Lewis.

Em segundo lugar, o reincidente Jason Moran, um monstro do piano Jazz contemporâneo, que fez, como Brandon Lewis, dois discos em 2021: o primeiro em duo com Archie Shepp («Let My People Go»), mais rude e politizado, recuperando a fórmula de Archie Shepp dos anos 70 (ao lado de Horace Parlan), e um segundo, em piano solo, «The Sound Will Tell You».
Em terceiro, Johnathan Blake, já referido pelo prémio para o disco do ano, «Homeward Bound», premiando também uma carreira de 25 anos.
Seguem-se-lhe o veterano Charles Lloyd, que apesar dos seus 84 anos de idade continua a tocar e a fazer grandes discos;
e o miúdo Immanuel Wilkins, que explodiu em 2020, e que em 2021 deixou a sua marca em diversos discos como sideman.

A votação para a Revelação do Ano foram mais dispersas, mesmo se os primeiros lugares obtiveram algum consenso. Samara Joy, a jovem cantora, que já tocou em Portugal, obteve o lugar cimeiro;

e logo de seguida Immanuel Wilkins obtém o segundo prémio desta votação.
Os restantes cinco prémios, com iguais pontuações, foram para a cantora Anaïs Reno, a harpista Brandee Younger, o compositor e saxofonista veterano Dan Blake, o jovem baterista Joe Dyson, a debutante multi-instrumentista Linda Fredriksson, e a harpista e teclista caribenha-belga-britânica Nala Sinephro.

No Acontecimento do Ano o vencedor unânime é o repetente Covid e as suas consequências;

e finalmente George Wein foi o nomeado para o prémio da Tribuna de Honra Internacional. Produtor, promotor e músico, a sua longa carreira em prol do Jazz terminou com o seu falecimento em Setembro do ano passado. Entre outras coisas, George Wein foi o fundador do Newport Jazz Festival - e a sua versão itinerante que trouxe a Portugal os primeiros Cascais Jazz - e era amigo de Luis Villas Boas que também homenageamos nestes prémios.

Sobre a votação nacional:

Ao longo dos dois últimos meses ouvimos seis dezenas de discos, constatando que, apesar da pandemia que modificou os nossos hábitos de vida e de produção e consumo de cultura, o Jazz em Portugal continua vivo e fértil.

O prémio do Disco do Ano vai para o «Two, Maybe More» do Pedro Moreira Sax Ensemble; um octeto de saxofones com composições, arranjos e direcção do veterano saxofonista Pedro Moreira, um notável trabalho de erudição, a merecer a distinção máxima.  

Segue-se-lhe de perto «A Tribo» do Coreto Porta-Jazz (composição, arranjos e direcção de João Pedro Brandão), e ainda o «Entre Paredes» de Bernardo Moreira, sobre a música de Carlos Paredes, o «Las Californias» da enérgica LUME (direcção de Marco Barroso), e ainda o belíssimo «Rememberance» de Nelson Cascais, inspirado na poesia de Emily Bronte.

O prémio para o Músico do Ano vai para o Pedro Moreira, o compositor, o músico e o pedagogo, um reconhecimento merecido.

Da mesma forma lhe seguem o líder da Associação Porta-Jazz João Pedro Brandão, o jovem Pedro Melo Alves e a inquestionável trompetista Susana Santos Silva.

O prémio para o Sideman do Ano vai de novo para o mais requisitado dos bateristas: Marcos Cavaleiro.
Segue-se-lhe um contrabaixista com lugar cativo na Orquestra Jazz de Matosinhos, mas que também acompanha Miguel Zenon e se destaca também como líder, compositor e professor, Demian Cabaud; e, logo depois, três saxofonistas: José Pedro Coelho, Tomás Marques e João Mortágua.

O prémio para o Músico Revelação vai para o jovem vibrafonista Paulo Santo, que se estreou em 2021 com um excelente disco: «Águeda».

Logo a seguir está o jovem baterista e compositor Diogo Alexandre, que já este ano (2022) editou um disco, «Pipe Tree», seguindo-se Tomás Marques, Nazaré da Silva e Miguel Rodrigues.

O Acontecimento do Ano mais votado foi a efeméride 30 anos do Guimarães Jazz, cuja exposição alegórica encerra esta semana.

Seguem-se nesta categoria o segundo ano da Pandemia Covid e os 25 anos do Seixal Jazz.

Há dois momentos na História do Jazz português: a fundação do Hot Club de Portugal e o 1.º Festival de Jazz de Cascais; e ambos tiveram como protagonista Luis Villas Boas. No ano em que se comemoraram os 50 anos do Cascais Jazz, a nossa Tribuna de Honra vai unanimemente para o pai do Jazz em Portugal: Luis Villas Boas.   

Nota: Aos elementos do júri que vêm participando nesta votação, juntaram-se este ano os ouvidos esforçados do jornalista Valdemar Cruz e do radialista João Morado.

21 de fevereiro de 2022

António Branco (Beja, 1973) é engenheiro e crítico de jazz.
Escreve para a revista online jazz.pt, cuja equipa inicial integrou.
Tem colaborado com diversos órgãos de comunicação social e sítios na internet, nacionais e internacionais.
Fundou e dinamizou o Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo.
É autor das notas de capa de vários discos e de folhas de sala e programas de festivais e concertos.
Foi membro do Júri do Concurso de Escolas integrado na 10.ª Festa do Jazz do São Luiz (2012).
Tem ministrado cursos livres e proferido conferências sobre jazz.
Colaborou em projetos pedagógicos de divulgação do jazz junto das escolas.

Nascido em Guimarães em 1962, licenciado em direito pela Universidade de Coimbra,  advogado de profissão. Desde sempre ligado às associações de Guimarães, exerceu e exerce os mais diversos cargos em instituições de natureza muito diversificada. Preside à Direcção do Convívio, Associação Cultural e Recreativa, parceiro desde a primeira hora do Guimarães Jazz e foi co-fundador da Escola de Jazz do Convívio, em 2012. Assume as funções de programador do Festival “Guimarães, O Verão é Jazz”, desde 2016” e vem sendo responsável pelas celebrações, em Guimarães, do Dia Internacional do Jazz (IJD), a 30 de Abril.
Ligado ao jazz desde a sua juventude, frequentou as Aulas do Curso de Jazz do Hot Club de Portugal realizado em Coimbra em colaboração com a Tuna Académica da U.C. Tocou, desde cedo, em  grupos musicais da mais variada natureza, integrou o Coro Misto da Universidade de Coimbra e o Coro do Convívio durante cerca de dez anos. Fundou e integrou o Grupo Cantarte, de música popular portuguesa sendo também co-fundador da Bandstand Blues Band, grupo dedicado ao blues e rythmn’n’blues onde toca baixo eléctrico e harmónica.
Vem colaborando  assiduamente em vários órgãos da Imprensa Escrita, designadamente em “O Povo de Guimarães”,  “Notícias de Guimarães” e “Mais Guimarães”, tendo colaborado, igualmente, com o Hot News, publicação do Hot Club de Portugal
Em 2014  coordenou e organizou o livro “Guimarães, Daqui Houve Resistência”, com recolha de memórias de democratas mas lutas contra a ditadura em Portrugal.

Cristina Marvão, Directora executiva do Eixo do Jazz
Nascida em 1966, no Porto é designer de profissão e colabora com projectos culturais diversos.
Adora o Jazz no seu todo, a música e o "way of life".
Em 2017, funda o Eixo do Jazz, associação cujo objectivo é ampliar públicos e apoiar os músicos nas áreas da profissão, complementares à música.
Para o Eixo do Jazz tem feito em regime de voluntariado, o plano de actividades, a imagem, e a produção de workshops, concertos, residências.
Faz a programação do “Jazz na Caixa” juntamente com Tiago Machado.
A produção das residências artísticas “Jazz na Aldeia”, na primeira edição com Abe Rábade e a segunda com Mários Laginha, são, para si, os momentos altos do ano!
Faz parte do MUMI, primeira feira de música Galega e Portuguesa.
Desde 2014, que se dedica à realização de documentários. O primeiro, “Uma História de Jazz”, a História do Guimarães Jazz, já conta com dois capítulos editados. Está a trabalhar em mais três documentários, dois deles relacionados com música.
Fez parte, como voluntária, da organização da Contextile, Bienal de Arte Têxtil Contemporânea em 2012 e 2104.
Na Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, foi gestora de um projecto com o British Council, em que também foi mentora dos vencedores do concurso de designer de moda.
Fez a produção e curadoria da Agenda da Moda 2012 Guimarães CEC, que contou 12 exposições colaborativas de designers e artistas.

Natural do Funchal, Filipe Freitas é um critico de jazz e de cinema que se encontra a viver em Nova Iorque desde 2012.
É co-fundador do JazzTrail.net e fundador do Always Good Movies.
Tem trabalho publicado na Sandy Brown Jazz UK, London Jazz News, Jazz.pt, Film Threat, e Film Festival Today.

João Morado (Coimbra, 1992) é autor do Beats for Peeps, blog e programa de rádio semanal dedicado ao jazz e à música improvisada, actualmente emitido pela Rádio RADAR. Tem colaborado na elaboração de entrevistas, artigos e críticas em diversas publicações de música.
A nível profissional, é actualmente investigador no Reino Unido, onde fez doutoramento em Teoria e Modelação em Ciências Químicas pela Universidade de Southampton.
É mestre em Química Teórica e Computacional pela Universidade de Oxford e mestre em Química Teórica e Modelação Computacional por um consórcio de várias universidades europeias, das quais se podem destacar a Universidad Autonoma de Madrid e a Université Toulouse III – Paul Sabatier, nas quais pertenceu a projectos de investigação; obteve também a licenciatura em Bioquímica pela Universidade do Porto.

Nasceu em Viana do Castelo no mês de Abril, dia 25, de 1960.
Os estudos preparatórios e secundários realizou-os na sua cidade natal, tendo posteriormente cursado Filosofia na Universidade de Letras da cidade do Porto.
Em Viana do Castelo foi um dos sócios fundadores do Cine Clube local e organizou inúmeros concertos de jazz, paixão que desde a juventude o vem atormentando.
Residente em Braga desde 1989, aderiu nesse ano, sem condições, ao projecto da Rádio Universitária do Minho que desde 1989, semanalmente, projecta às quintas das 22h à meia-noite via ondas hertzianas, as sessões “Sójazz.
Organiza ainda sessões da História do Jazz nas escolas do Minho e em instituições de carácter público e privado. Desde 2010 que é o director artístico do projeto Rum com Jazz. Lecciona desde o ano 2000 na Escola Secundária Sá de Miranda.
Foi diretor artístico do festival Bragajazz entre 1999 e 2009.

Nasceu na Horta, 10.11.1948
Engenheiro Civil – aposentado
Realiza e apresenta o programa “OS SABORES DO JAZZ” na Antena 1 – Açores, ininterruptamente, desde 3 de Fevereiro de 1992.
Faz parte da Direcção da Associação Cultural Angrajazz desde a sua fundação (1999), que realiza o Festival Internacional de Jazz de Angra do Heroísmo - ANGRAJAZZ.

Licenciatura e mestrado em Antropologia Social (ISCTE)
Formação musical: solfejo na Academia de Amadores de Música (Prof. Maria João Artiaga) e bateria (elementar - Prof. Vasco Gomes) (pouco aprendeu e já esqueceu quase tudo).
Rádio : autor e locutor de «Jazzírico» e «Impróprio para Consumo» nas efémeras rádios «piratas» Rádio Imprevisto e Rádio Saturno, entre 1987 e 1989 e convidado residente de Zona Groovy, de Mário Dias (TSF) entre 2012 e 2019..
Imprensa escrita: Depois de um primeiro texto sobre Jazz em 1973 para uma publicação juvenil, escreveu textos dispersos ao longo de 15 anos.
Entre 1990 e 1996 fez crítica, entrevistas e divulgação de Jazz no Diário de Notícias e nos anos seguintes no Independente, Audio, O Papel do Jazz (de José Duarte), Revista de Música, All Jazz, jazz.pt e outros.
Actualmente assina crítica de discos no Jornal de Letras.
Co-fundou (com Pedro Costa), foi director de redacção e editor e fez crítica, entrevistas e praticamente de tudo na All Jazz, a primeira revista de Jazz nacional, entre 2002 e 2004.
Na Internet: é o responsável pelo site JazzLogical e pela newsletter Agenda Jazz, desde 2005.
Co-fundador e co-editor (com Paulo Barbosa e Rui Duarte) do site Jazz 6/4.
Fez promoção discográfica: para a editora/ distribuidora discográfica Dargil (distribuidora da ECM, ENJA, Prestige e outras etiquetas em Portugal) ao longo dos anos 90.
Júris: Membro de vários júris de concursos de músicos e bandas nacionais, entre os quais (por vários anos) o júri da Festa do Jazz do São Luiz.
Organiza a votação da crítica nacional dos melhores músicos e CDs editados, na All Jazz e em JazzLogical.
Conferências: Conferências, alocuções e mesas redondas sobre Jazz: «O Jazz do fim do século? (20)», «O Jazz e a música clássica», «O Jazz - música em conflito», «Jazz e Rock, guitarras e baterias», «As mulheres e o Jazz» e outras.
Ensaios, recensões críticas de livros, entrevistas (entre Dave Holland e Carla Bley a Pedro Abrunhosa), etc.
Curador da exposição «O Jazz na Banda Desenhada», Hot Club, 2021-2022.
Entre outros ainda: crítica e ensaio sobre cinema, BD e literatura e membro do júri do Festival de BD da Amadora em 2017, 2018 e 2021.

Colaborou nos suplementos jovens dos extintos vespertinos República e Diário de Lisboa.
O contacto ‘profissional’ com a música, aconteceu pela primeira vez na editora Phonogram (hoje Universal)… a “encapar” discos.
Por um acaso, começou a ser DJ no Bar Europa, no Cais do Sodré, onde fazia as folgas do ‘disc-jockey’ residente, passando depois, em 1975 para o Jamaica, onde se manteve até 1987.
Como DJ, integrou a Delegação Portuguesa ao Festival da Juventude e dos Estudantes em Moscovo e foi convidado para o dia de Lisboa em Madrid.
Durante estes anos, trabalhou ainda (e ao mesmo tempo) na Promoção das editoras Rossil e Edisom.
Do lado dos Jornais, fez parte da Redacção do Rockweek e do Musicalíssimo, foi colaborador permanente da Revista Contraste (dirigida por Miguel Portas), do Diário de Notícias (durante um período) e do Europeu (enquanto existiu). Assinou ainda textos (esporádicos) na Revista Música & Som e no Jornal Se7e.
Foi responsável de sector da Rádio Paz (na Festa do Avante) de 1982 a 1988.
Em 1986, foi convidado por Ruben de Carvalho para integrar a Telefonia de Lisboa, rádio local onde esteve até 1988 (altura em que encerrou por não ter obtido alvará quando do Processo de Legalização), tendo feito parte da Direcção Colegial constituída  por Ruben de Carvalho, Manuel Jorge Veloso, João Paulo Guerra e João Alferes Gonçalves.
Em 1989, passou a integrar os quadros da TSF como Animador (já após a legalização) onde se manteve como efectivo até Agosto de 2018, tendo sido Coordenador do Sector da Animação entre 2002 e 2018.
Na TSF, teve alguns programas de autor ao longo destes anos (“Discorrendo” e “Músicas do Acaso”, p.e), assinando actualmente a Zona Global e a Zona Groovy, agora como colaborador externo.

Nasceu em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, em 1961.
Licenciou-se em Arquitetura na U.C. Berkeley em 1983.  Em 1985, depois de dois anos a trabalhar em Lisboa, regressou a Angra do Heroísmo e estabeleceu-se como profissional liberal. Em 1992 criou a empresa MMC Arquitectura e Design sendo, desde então, o seu arquitecto principal e coordenador geral de projectos.
Durante o período de estudante universitário nos EUA (1978 a 1983) faz a sua primeira aproximação ao jazz.
De 1986 a 1990 fez parte da Comissão dos Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. É nesta altura que ajuda a por de pé a primeira audição pública de jazz em Angra do Heroísmo – Jazz no Jardim – que teve lugar no Jardim Público em 11 de Julho de 1986, com temas reproduzidos em gravadores de bobines!
Ainda no âmbito desta Comissão esteve ligado à organização de vários concertos de jazz com grupos nacionais e internacionais, de que se destacam os concertos dos The Fringe (de George Garzone), Maria João e Aki Takase, Quarteto de Carlos Martins, Moreiras Jazztet, Mário Laginha e Pedro Burmester, Sexteto de Jazz de Lisboa e Sexteto de António Pinho Vargas.
Em 1993, fez parte da comissão organizadora do Festival “Jazz Sons de uma Longa História” que teve lugar na Praia da Vitória, em que participou a grande cantora Betty Carter.
É sócio fundador das associações culturais Oficina d’Angra e Angrajazz. É sócio do Instituto Açoriano de Cultura e sócio efetivo do Instituto Histórico da Ilha Terceira.
É codirector do Festival Angrajazz desde a sua primeira edição (1999).  
É autor da capa do CD “Orquestra Angrajazz com Paula Oliveira”, de inúmeros cartazes de festivais e concertos de jazz, e de todo o material promocional do Festival Angrajazz.

Gosta de jazz porque sim.
Escreveu para a revista Jazz.pt (2006-2012) e para o jornal Público (2007-2011), teve o seu site - Jazz XXI (2019-2011) - e partilhou com outros camaradas do jazz o site Jazz 6/4 (2010-2012).
Foi, entre 2006 e 2012, diretor artístico e produtor do Jazz Fest Quinta Splendida, Xopana Jazz, Festival de Jazz do Garajau e Mudas Jazz Sessions.
É diretor artístico e produtor do Funchal Jazz Festival desde 2014.
Foi, até 2021, diretor do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz, coordenador do Curso de Jazz e coordenador do Departamento de Jazz do Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira, onde leciona também as disciplinas de História do Jazz, História do Jazz Contemporâneo e Audição Comentada.

Pedro Roxo – Desenvolve actividade na área das Ciências Musicais – Etnomusicologia. Em 2000, começou a fazer investigação sobre o jazz em Portugal para a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX (2010) e desde então tem publicado sobre essa temática (entre outras) em publicações académicas em Portugal e no estrangeiro. Estudou contrabaixo de cordas no Conservatório Nacional e no Hot Clube de Portugal, tendo também desenvolvido actividade em vários domínios musicais.